DEPUTADO TUCANO QUER REVERTER DECISÃO DO STF E PROIBIR UNIÃO HOMOSSEXUAL

10/06/2011 - Fonte: folha gospel

João Campos defende que somente com uma mudança no comportamento dos homossexuais o preconceito seria combatido.

Em mais uma tentativa de colocar freio aos avanços de temas relacionados a expansão dos direitos homossexuais, o líder da bancada evangélica na Câmara, deputado João Campos (PSDB-GO), entrou com um Projeto de Decreto Legislativo (PDC) visando a reverter a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) que reconhece a união estável entre pessoas do mesmo sexo perante a Lei.

Embora seja pessoalmente contra a união estável entre homossexuais, o deputado assegurou à Rede Brasil Atual que a motivação do PDC é corrigir uma das justificativas do STF para sentença que, a seu ver, não procede. “O argumento do Supremo de que o Legislativo se omitiu do tema não é verdadeiro. Nós temos discutido o assunto, mas não foi aprovado porque a maioria é contra (o reconhecimento da união homoafetiva)”, disse,

O parlamentar afirmou que o Judiciário se apropriou do tema, pelo fato de a maioria dos deputados se posicionar contra a matéria. “Sou contra (a união estável homossexual), assim como a maioria dos congressistas e da sociedade também é contra. Se fossem a favor, o Congresso teria aprovado o projeto por aqui”, garantiu.

Sobre a tramitação no Congresso, João Campos se mostrou otimista pelo avanço. "Somente na apresentação o projeto foi assinado por quase 50 parlamentares, o que já é um sinal extremamente positivo. O restante do caminho a ser percorrido vai depender de nossa articulação na Casa."

Para o líder evangélico, políticas públicas não surtirão o efeito desejado em relação ao preconceito homofóbico. Ele defende que somente com uma mudança de postura dos homossexuais a discriminação será combatida. “A postura de gays, lésbicas e travestis em relação ao restante da sociedade vai falar muito mais alto do que o poder coercitivo do Estado. Uma política de prevenção (ao preconceito) ajuda, mas não é o instrumento fundamental”, defendeu.

Essa é mais uma investida da ala conservadora do Congresso. Há duas semanas, devido às ameaças de convocação do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci para explicar o aumento de seu patrimônio à Câmara, a bancada religiosa conseguiu interromper a distribuição dos chamados kits anti-homofobia nas escolas públicas. Mais tarde, foi a vez de a senadora petista Marta Suplicy recuar no PLC 122, que criminaliza práticas homofóbicas.

De acordo com João Campos, ações do governo “podem estimular a intolerância por parte dos homossexuais”. Para o parlamentar, medidas voltadas à cidadania de modo geral seriam mais efetivas que atitudes pontuais voltadas aos homossexuais.

Quando perguntado se a intolerância dos grupos conservadores também não extrapolavam os limites do preconceito, o líder religioso garantiu que “nunca viu nem ouviu nenhuma ofensa (dos religiosos) contra os homossexuais".

PEC 23/2007 É RETIRADA DA PAUTA NO RIO DE JANEIRO

10/06/2011 - Fonte: folha gospel

A PEC inclui orientação sexual nos direitos da Constituição estadual. Relator vai marcar reunião com deputados evangélicos.

Depois da pressão dos evangélicos do Rio de Janeiro o deputado estadual Gilberto Palmares optou por retirar da pauta dessa segunda-feira, 6, a proposta de emenda constitucional (PEC) 23/2007 que inclui a orientação sexual entre as características pelas quais um cidadão não pode ser discriminado ou beneficiado, segundo a Constituição do Estado.

O texto já tinha passado por uma votação no dia 25 de maio sendo aprovado, inclusive, por deputados evangélicos como o Samuel Malafaia e Marcos Soares (filho do missionário R.R. Soares).

O projeto foi retirado devido as reações causadas pela campanha encabeçada pelo pastor Silas Malafaia que acusa a proposta de inconstitucionalidade e pediu para que os fiéis entrassem em contato com os deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro pedindo para que a emenda não fosse aprovada.

“Decidi retirar a PEC, porque, antes de ela entrar de novo em pauta, quero conversar com a bancada evangélica para explicar o meu real objetivo com esse texto”, explicou o parlamentar, para a revista Exibir Gospel.

O deputado também esclarece que a PEC 23/2007 não tem nenhuma ligação com o Projeto de Lei 122/2006. “A minha proposta não tem relação nenhuma com a PL 122. O propósito da PEC é evitar que mais homossexuais morram, como aconteceu recentemente em São Gonçalo”.

O deputado Gilberto Palmares pretende se reunir na próxima semana com os deputados evangélicos para explicar qual a verdadeira intenção dessa emenda e esclarecer a polêmica criada.

“O pastor Silas Malafaia tem todo o direito a manifestar a sua opinião, mas eu quero deixar claro que não pretendo entrar nesse debate de discutir relação homoafetiva. O meu objetivo não é apenas que a proposta seja aprovada, é garantir direitos como meio de combate a agressões”, explica.

Palmares é contra a aprovação do PL 122 da maneira como está redigida e diz “ninguém pode ser criminalizado por delito de opinião”.

EUA: "QUESTÃO MÓRMON" PODE PERSEGUIR CANDIDATO REPUBLICANO

10/06/2011 - Fonte: folha gospel

Eleitores americanos se sentiriam menos confortáveis com um presidente mórmon do que um líder de qualquer outra religião, sem ser a muçulmana, ou ateu.

O republicano Mitt Romney lançou-se à sua segunda campanha à Presidência dos Estados Unidos, com um aparato menor e uma mensagem centrada nos problemas econômicos do país.

A "questão mórmon", porém, ainda vale para o ex-governador de Massachusetts: será que os norte-americanos estão prontos para colocar um mórmon na Casa Branca?

Pesquisas indicam que os eleitores norte-americanos aceitam mais a ideia agora do que quando Romney se lançou pela primeira vez como candidato, em 2008. Nos extremos, entretanto, muitos ainda desconfiam dos mórmons.

Uma pesquisa da Universidade Quinnipiac desta semana indicou que os eleitores se sentem menos confortáveis com a ideia de um presidente mórmon do que um líder de qualquer outra religião, sem ser a muçulmana, ou ateu.

"O fato de que menos da metade dos eleitores têm um opinião favorável sobre a religião provavelmente se tornará uma questão política com a qual o governador Romney terá de lidar", disse Peter Brown, do Instituto de Pesquisas da Universidade Quinnipiac, em Connecticut.

Romney tem laços mais estreitos com o mormonismo do que outros mórmons da política norte-americana, como o líder democrata do Senado, Harry Reid, e Jon Huntsman, seu possível rival republicano na indicação do partido.

Integrante da quinta geração de religiosos ¿ seus antepassados já estavam envolvidos com a religião em meados da década de 1850 ¿, Romney é ex-bispo do templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias de Massachusetts.

Romney, porém, cuja mensagem de campanha vem ganhando força entre os eleitores, tem buscado evitar ser definido pela religião.
"Eu separo muito bem as questões de fé pessoal da liderança que uma pessoa tem de ter no sentido político", disse o republicano numa entrevista à CNN esta semana.

"Você não começa a aplicar as doutrinas de uma religião à responsabilidade de guiar uma nação ou um Estado."