Bancada evangélica barra votação da PL 122

20/05/2011 - Fonte: folha gospel


A Frente Parlamentar Evangélica no Senado Federal pediu o adiamento da votação alegando que devem ser realizadas audiências públicas.

A votação do projeto que define como crime a discriminação por gênero e orientação sexual, assim como idosos e pessoas com deficiência, sairá temporariamente da pauta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

O pedido foi feito pela relatora da matéria, senadora Marta Suplicy (PT-SP), na reunião desta quinta-feira (12). A ideia é ganhar tempo para um acordo com os que se opõem à proposta, especialmente igrejas evangélicas e seus representantes no Congresso.

- Assim nós teremos como proporcionar maior possibilidade de diálogo e entendimento - disse.

Ao justificar a retirada da matéria, Marta afirmou que, no começo, assustou-se com a rejeição por parte de igrejas cristãs com relação ao projeto, mas que, ao entender o temor de que ele poderia restringir as liberdades de culto e de expressão, decidiu resguardá-las em seu substitutivo. Como ainda persistem resistências ao projeto, ela se disse disposta a ouvir e prosseguir o debate.

Marta afirmou que já havia feito todo esforço para chegar a um texto de consenso, ouvindo para isso senadores ligados a igrejas evangélicas. O resultado disso, segundo ela, foram mudanças para deixar claro o respeito à liberdade religiosa na abordagem do homossexualismo. O texto final exclui do alcance das punições "os casos de manifestação pacífica de pensamento fundada na liberdade de consciência e de crença".

Ao salientar a necessidade de acabar com os preconceitos, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou ser preciso aprovar um projeto de consenso que estabeleça a punição para ações contra homossexuais, mas que garanta a liberdade de manifestação de pensamento fundada na liberdade de crença.

- Talvez seja a hora de esgotamos todos os diálogos necessários e possíveis e que deixe claro que o Estado regulamenta a criminalização de preconceito, mas que o Estado não se meta na "pecamização" de qualquer coisa. É preciso esgotar as conversas para que o texto final não crie outro preconceito, o preconceito contra as igrejas, contra as crenças - disse.

Audiências públicas
Alguns representantes da Frente Parlamentar Evangélica presentes à sessão alegaram que é necessário realizar audiências públicas, porque o projeto não teria sido suficientemente discutido no Congresso.

Magno Malta (PR-ES) elogiou a decisão de adiar o debate e foi um dos que defenderam a realização de audiências públicas para ouvir todos os segmentos da sociedade que querem se manifestar sobre o assunto, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os religiosos (católicos e evangélicos), e homossexuais. Ele informou que apresentaria requerimento com esse propósito. "Precisamos debater à exaustão, sem privilegiar ninguém. Há pelo menos 150 milhões de brasileiros que não foram ouvidos”, disse o senador Magno Malta (PR-ES).

O texto do PL 122 é de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP) e tramita há dez anos no Congresso, mas somente em 2006 foi aprovado no plenário da Câmara. A intenção da senadora Marta Suplicy (PT-SP) que o desarquivou e virou sua relatora, era aprovar a PL até a próxima semana, quando começa as comemorações do Dia Nacional de COmbate à Homofobia, data comemorada no dia 17 de maio e que vai movimentar a Esplanada em Brasília.

LATINO QUER GRAVAR CD DE MÚSICA GOSPEL SEM SE TORNAR EVANGÉLICO

20/05/2011 - Fonte: folha gospel
De olho no mercado que arrecada bilhões de reais por ano o cantor de "Festa do Apê" quer falar de Deus.


De olho no público gospel o cantor Latino pretende lançar um CD falando de Deus para conseguir entrar nesse mercado que arrecada bilhões de reais por ano.

O cantor que tem 18 anos de carreira e já lançou muitos sucessos como “Festa no Apê”, pretende dentro de dois ou três anos lançar um trabalho gospel, mas engana-se quem pensa que ele se converteu.

“Não quero me tornar evangélico, mas sei que posso falar de Deus de uma maneira ousada e jovial”, comentou.

Em declaração ao portal Ego, Latino confessou na quarta-feira, 11, que para esse projeto pretende reunir alguns cantores evangélicos e fazer um trabalho “bacana”.

“Precisamos ficar de olho no mercado musical e sempre buscar novas inspirações. Eu mesmo quero compor as músicas que falem de Deus de uma forma bem alegre, com romantismo também. Vou trabalhar muito para me consolidar também nesse meio”, explicou.

Colunista da VEJA critica Marta Suplicy e defende liberdade religiosa

20/05/2011 - Fonte: folha gospel - Jota7

Lei da homofobia: Marta Suplicy seria fulminada pela Primeira Emenda nos EUA
Reinaldo Azevedo publicou em seu blog - um dos mais acessados do país - um artigo no qual crítica Marta Suplicy e defende liberdade religiosa.
Leia o texto na íntegra:
Lei da homofobia: Marta Suplicy seria fulminada pela Primeira Emenda nos EUA
O Jornal da Globo apresentou ontem uma reportagem sobre a PL 122, a tal lei que criminaliza a homofobia. No senado, militantes gays — a militância gay, já disse, está para os homossexuais como o MST está para o trabalhador rural — se reuniram para defender o texto, tendo como sacerdotisa a senadora Marta Suplicy (PT-SP), a mesma que disse bobagens estonteantes ontem em defesa de Antônio Palocci (ver posts abaixo). Ela estava sendo “progressista” nos dois casos, tá?
A reportagem fazia parecer que as pessoas estão apenas empenhadas na defesa de direitos e que o texto, se aprovado, não terá conseqüências que dizem respeito à democracia. A PL 122, sob o pretexto de defender os homossexuais, oficializa a censura no país. Já demonstrei isso mais de uma vez.
Marta teve uma idéia genial, bem Marta!, para resolver o problema da liberdade religiosa, por exemplo. As pessoas poderão falar contra o casamento gay, mas só dentro dos templos! Fora deles, estariam sujeitos à pena de reclusão, num crime que passaria a ser considerado inafiançável e imprescritível, como o racismo. Se nem a cor de pele é raça — somos todos da raça humana! —, a condição sexual passará a ser.
Como é fabulosa essa Marta Suplicy! Se nos EUA, seria fulminada, de cara, pela Primeira Emenda, aquela que proíbe o Congresso de legislar sobre liberdade de expressão e liberdade religiosa. Ela faz as duas coisas! No Brasil, o jornalismo também concluiu que a Primeira Emenda é coisa de americano… Fala-se da PL 122 como se ela estivesse apenas garantindo direitos, jamais agredindo-os.
Vai ser aprovado? Sei lá eu! A pressão da imprensa sobre o Senado é grande. Aprovada a lei, o Brasil vai se transformar numa indústria de ações judiciais. O texto permitirá que pessoas sejam denunciadas ou por demitirem gays das empresas — ou por não os admitirem, ainda que por outros motivos nos dois casos. Um professor “transgênero” poderá alegar que não foi contratado pela escolinha de educação infantil porque o diretor não passa de um preconceituoso…
Não só isso. Ainda que o suposto ofendido não faça a denúncia, um terceiro poderá fazê-la. O texto permite que se acuse alguém de homofobia porque o acusador se sentiu “subjetivamente” atingido, entenderam? Esses absurdos partem do princípio, falso, de que inexistem leis para punir agressões aos gays. Estatísticas furadas são usadas para fazer proselitismo, como aquelas que indicam que este seria um dos países do mundo que mais assassinam gays. Qualquer delegacia de polícia sabe que boa parte dos crimes dessa natureza é cometida por garotos de programa, que são também… gays! Ou não? Esses “profissionais” seriam o quê? Prestadores heterossexuais de serviços? Se essas ocorrências servem para afirmar que o Brasil é um dos países que mais matam gays, será preciso admitir, então, que é um dos que mais têm gays assassinos. Uma e outra coisa são falsas.
Mas volto a Marta. Esta iluminista acha que liberdade religiosa tem hora e lugar, compreenderam? Dentro dos templos e igrejas, os crentes poderão professar a sua fé, como atividade quase clandestina; fora de lá, não!
Por Reinaldo Azevedo

Fim do mundo sábado, 21 de Maio

20/05/2011 - Fonte: Cpadnews - Jota7

Líder do grupo no Brasil intensifica a evangelização até quinta-feira, depois vai esperar nos EUA a \"volta de Jesus\"
O livro de Marcos no capítulo 13. 32-33 diz que “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo”.
Mas o grupo religioso Family Rádio tem uma visão e versão diferentes. Para eles o juízo final acontecerá dia 21 de maio.
Harold Golly, líder do grupo no Brasil, confirma a tese que o mundo acabará neste sábado. Casado, pai de dois filhos, o missionário mora a 12 anos nos Estados Unidos. Durante 23 anos fez parte da Igreja Batista. Agora ele está intensificando a evangelização, para alertar as demais pessoas sobre arrependimento dos pecados e da volta de Jesus.
Segundo o missionário, a previsão foi interpretada pelo americano Harold Camping. E o Juízo acontecerá com base a partir do dilúvio nos dias de Noé em 4990. No cálculo adotado, eles creem que Deus revelou a Noé, que haveria ainda sete dias até que as águas do dilúvio caíssem sobre a Terra. O grupo substituiu sete dias por mil anos projetando para 2011.
Quando perguntado, o missionário diz que as Igrejas não entendem a mensagem. “As Igrejas não entendem, pois creem que Cristo voltará como um ladrão”, declara. Na reta final do juízo final o ex-batista intensificará as panfletagens e voltará para os Estados Unidos onde esperará o acontecimento. Sobre onde passará o dia 21, Harold responde: “Não somos uma igreja, são indivíduos que ouviram e confiaram na palavra”, ratifica.
Ainda em São Paulo, onde fica até quinta (19), ele entregará panfletos pedindo às pessoas que se arrependam dos pecados. Questionado sobre o que ele irá fazer se o juízo não acontecer, o missionário responde com outra pergunta: “Onde você vai estar quando Jesus voltar?”, indaga fugindo da pergunta.
Criticado por cristãos americanos, o grupo já foi chamado de seita e Camping acusado de ser falso profeta. Em 1990 o mesmo \\\\\\\'estudioso\\\\\\\' previu o fim do mundo no dia 06 de setembro de 1994, mas nada aconteceu.

Pressão dos parlamentares evangélicos faz governo reavaliar o kit gay

20/05/2011 - Fonte: Folha de São Paulo - Jota7

Ministro da Educação vai até o Congresso tentar explicar o material que será distribuído em 6 mil escolas públicas
Após a Frente Parlamentar Evangélica ameaçar não votar em nenhum dos projetos em pauta na Câmara até que o governo recolha os vídeos anti-homofobia, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que vai reavaliar o material desse kit que será distribuído para 6 mil escolas públicas.
O kit contém três vídeos sobre transexualidade, bissexualidade e homossexualidade. Mesmo sem ter havido uma divulgação oficial, muitos deles já estão na internet. A versão preliminar desse material só será apresentada aos alunos após a avaliação de cada escola.
Haddad, que é o nome preferido do ex-presidente Lula para disputar a Prefeitura de São Paulo no ano que vem, diz agora que pretende discutir o conteúdo com religiosos, além de secretários estaduais e municipais de Educação.
A FPE teve apoio da bancada católica e de parlamentares de defesa da família. Por isso o ministro foi até o Congresso explicar o conteúdo e até afirmou que ele poderá ser alterado.
Nas últimas semanas, além dos vídeos, circulou entre parlamentares uma cartilha anti-homofobia que o MEC não admite ser de sua autoria. “Vários dos materiais que foram distribuídos aqui não são do ministério”, disse Haddad na reunião de ontem na Câmara.
Uma cartilha com o símbolo do MEC mostrada por deputados trata de temas como masturbação. Outra, com o símbolo do Ministério da Saúde, traz ilustrações com cenas de sexo entre homens.
Sobre esses folhetos Haddad disse que o MEC sequer distribuiu o material. Aos deputados, o ministro atribuiu a divulgação do kit, que segundo ele ainda não está pronto, a quem o produziu, no caso a ONG Pathfinder.

ENTREVISTA: " A minha relação com Deus é direta" diz jornalista Percival de Souza

20/05/2011 - Fonte: guia-me - jota7

Percival: “Minha mãe faltou em um culto de domingo para que eu nascesse”
“Minha mãe faltou em um culto de domingo para que eu nascesse”, conta Percival de Souza, um dos mais competentes e conceituados jornalistas investigativos do País, especializado em assuntos criminais e de segurança pública. Com 67 anos de idade e quase meio século dedicado à profissão, ele não somente acumulou uma vasta experiência profissional como também conviveu com situações envolvendo crimes dos mais hediondos, capazes de abalar a fé de muitos que se dizem cristãos. Não a dele, no entanto; afinal, a orientação e a fidelidade aos princípios bíblicos são, possivelmente, o maior legado herdado dos pais. “Sou um crente, no exato sentido do verbo crer, acreditar”, autodefine-se.
Casado há 42 anos com Yeda Dias de Souza, pai de duas filhas – Andréia e Tatiana – e avô de dois netos – Julia e Murilo –, Percival é praticamente um paulistano nato, mesmo tendo nascido em Braúna, pequeno município do oeste do Estado. Foi na capital onde ele tomou gosto pelo jornalismo, quando, adolescente ainda, trabalhou como contínuo na redação da Folha de S. Paulo. Hoje, o seu currículo profissional é de causar inveja aos mais astutos e proeminentes formadores de opinião: depois da Folha, passou pelo Estadão, revistas Veja, Isto É e Época e, ao lado de Mino Carta, foi um dos fundadores do Jornal da Tarde. Lá, mesmo trabalhando sob a marcação cerrada imposta pelo regime militar, ajudou a promover uma verdadeira revolução editorial na mídia impressa.
No jornalismo televisivo, trabalhou na TV Globo, Cultura e na Educativa; atualmente, é comentarista na Rede Record. E mais: é professor interdenominacional, colunista de revistas evangélicas e autor de 17 livros; dentre eles “Narcoditadura”, no qual recorre às Escrituras Sagradas para a reconstrução dos fatos que envolveram o martírio vivido pelo jornalista Tim Lopes, morto por traficantes em 2002, no Rio de Janeiro.
Na igreja, Percival não perambulou tanto quanto na profissão; simplesmente trocou a Metodista pela Catedral Presbiteriana. Contudo, está sempre à disposição dos “irmãos” de fé quando solicitado para palestras e aulas na Escola Dominical, pela qual se diz apaixonado. Sabe-se lá qual é a mágica que ele usa para administrar os seus horários diante de tantas atribuições, mas, para ir aos cultos, sempre se dá um jeito. “Encontro tempo, a não ser quando o trabalho me coloca obstáculos, como algum caso de grande repercussão. Quando isso acontece, falo com sinceridade e de coração para o Senhor, ou seja, oro”, explica. E foi em meio a essa correria toda que ele se dispôs a conceder uma entrevista exclusiva à revista Exibir Gospel:
Em que momento da sua vida você descobriu a vocação para o jornalismo?
PERCIVAL - O jornalismo na veia foi descoberto aos 14 anos, quando eu trabalhava como contínuo na Folha de S. Paulo. Eu gostava de escrever e fazia um jornal interno, datilografado, com notícias quentíssimas sobre personagens da redação. Pelas mãos do repórter José Hamilton Ribeiro, entrei para a revista Quatro Rodas, fundada pelo “gênio” Mino Carta. Foi a porta de entrada para o jornalismo, e de lá fui para o jornal O Estado de S. Paulo. Na época, eu tinha 22 anos.
E como se deu a transição para a editoria policial?
PERCIVAL - Mino Carta é o culpado. O Jornal da Tarde iria revolucionar a Imprensa brasileira, com texto, estilo, fotos, diagramação – tudo novo. Ele queria inovar também a seção criminal e, por razões que eu nunca entendi, acreditava que eu fosse o “cara” talhado para a área. Eu nunca havia entrado numa delegacia antes, mas fui aprendendo, conhecendo e escrevendo, dominando aos poucos e me aperfeiçoando. Nunca mais saí.
Ao longo de sua carreira, alguma vez você já se sentiu desmotivado ou desiludido com o jornalismo?
PERCIVAL - Pelo contrário. Acredito, um pouco quixotescamente, que era o meu lugar, o meu ofício. Frustra-me, por vezes, não conseguir os Para Percival de Souza, referência no jornalismo policial, o sentido da profissão entra em simbiose com o sentido da vida; e ele sabe muito bem como conciliar o lado profissional com a confissão religiosa. Mas quando conto as minhas histórias, recompondo fatos, sinto--me realizado por ter cumprido um papel. O sentido da profissão entra em simbiose com o sentido da vida. Uma integração. Pensando assim, consegui fazer muita coisa, demolindo moinhos de vento e construindo castelos de sonhos.
E quanto à religião?
PERCIVAL - Dou à religião um significado transcendente com o divino. Sou um crente, no exato sentido do verbo crer, acreditar. Não sou carola nem piegas. Teologicamente, sou exigente. Por exemplo: durante dois anos me empenhei em estudar as cartas paulinas. Foi um mergulho profundo nos mananciais do Evangelho. Gostei tanto que até viajei a Roma por causa de Paulo, e reverti as maravilhas dessa viagem para o magistério eclesiástico. Não gosto de superficialidades religiosas, crendices, superstições, engodos. Afasto-me dos fariseus contemporâneos – pedras de tropeço –, dos novos vendilhões dos templos, dos modernos vendedores de indulgências; e procuro preservar, intactos, os conhecimentos bíblicos recebidos e buscados.
Como você vê isso na Rede Record, pela ligação da emissora com uma das maiores denominações evangélicas do País – a Igreja Universal do Reino de Deus?
PERCIVAL - Eu sou o mesmo em qualquer lugar onde fale, escreva e frequente. A Record tem um núcleo de reportagens especiais da mais alta competência, e faz o seu trabalho sem limitações impostas. Quanto à linha religiosa, ela é definida pela cúpula da Iurd. Os horários tidos como religiosos são específicos, enquanto que a grade de jornalismo é autônoma. Há jornalistas ligados à igreja, mas a maioria não é, e sem direcionamentos. Palavra de quem esta lá dentro.
Você já chegou a sofrer algum tipo de retaliação, perseguição ou até mesmo ameaça por trabalhar com jornalismo investigativo?
PERCIVAL - As ameaças precisam ser administradas. Pessoas sem caráter ou dignidade, corruptas, procuram torpedear o nosso trabalho. Já precisamos, sim, de proteção. Quando a minha primeira filha estava para nascer, tive de esconder a minha esposa, grávida, na casa de um amigo. Havia riscos iminentes. Não conto porque não quero dar nenhum tipo de satisfação para eunucos morais desse tipo, mas eles existem. São pústulas, pulhas, canalhas. Temos de enfrentar a corja arrogante, combatendo o bom combate.
Costuma recorrer a Deus nesses momentos?
PERCIVAL - A minha relação com o Senhor é direta, com momentos formais ou coloquiais, solenes e descontraídos. Converso com Deus no chuveiro, no carro e antes do programa de TV, e peço a Ele que me dê discernimento e sensatez. Exponho as minhas fraquezas, peço a sua orientação, a sua ajuda, a sua benção, a sua proteção. Quando está tudo bem, agradeço e agradeço novamente. O Senhor me responde, e eu sinto a sua presença na minha vida. Consigo vê-lo e senti-lo nos mais variados cenários, como se Ele, generosa e bondosamente, me dissesse: “Vai, meu filho, estou com você”. É uma dádiva, uma graça!
Você costuma falar sobre religião com os seus amigos e companheiros de trabalho?
PERCIVAL - Sim. Interessante que eles me fazem consultas e procuram explicações. Como os meus colegas me consideram um bom jornalista e com certo status na casa, acabam me respeitando como uma espécie de religioso confiável. Não sei se é exatamente isso, mas suponho que seja. O fato é que me tratam com respeito. Sou um tipo de consultor informal sobre temas bíblicos, o que acho muito bom.
O que, em sua opinião, levou o teólogo Rubem Alves a negar a existência de Deus após a tragédia das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro?
PERCIVAL - Sou leitor dele. Sei que o escritor, ex-pastor protestante, filósofo, psicanalista, é devoto de Nietzsche. A reação dele diante da tragédia serrana no Rio não é compatível com a sua profunda erudição, a qual respeito. É triste. Precisa de uma reconversão? Está amargurado por problemas de saúde? Algo para ser verificado pelos seus irmãos, ou ex-irmãos, ou irmãos separados, como foram taxados os primeiros protestantes pós-Reforma. Volte para o rebanho, Rubem. O Bom Pastor o espera, sempre de braços abertos.
Dos inúmeros casos de violência em que você trabalhou, há algum que o tenha marcado mais emocionalmente?
PERCIVAL - O meu cotidiano é tenso por força da profissão. Preciso de equilíbrio e da sustentação que o Senhor me proporciona. Todos os casos que envolvem crianças são mais marcantes emocionalmente. Isabella Nardoni, a menina de cinco anos arremessada da janela do sexto andar de um prédio em 2008, me deixou angustiado. Enquanto concedo esta entrevista, estou sob o impacto das crianças assassinadas dentro de uma escola em Realengo, no Rio. Chorei no ar, incontrolável; mas eu não tenho vergonha de chorar. Como diria Vieira (Padre Antônio Vieira, Sermão das Lágrimas de Pedro, escrito em 1679), os olhos têm duas funções: ver e chorar. Criança é o meu calcanhar de Aquiles.
De certa forma, isso chega a abalar a sua fé?
PERCIVAL - Nunca. Fé é convicção, certeza, confiança. Eu sei em quem tenho crido.
Por fim, o que as igrejas devem fazer para contribuir no combate à violência?
PERCIVAL - O papel da Igreja é formar, moldar personalidades, ensinar virtudes, valores transcendentes. O palco da violência está no coração humano, onde se trava o combate entre o bem e o mal, não num sentido maniqueísta, mas da luta entre Deus e as forças malignas. Para ser violento, é preciso, antes, aprender a odiar. Os valores cristãos não são burocráticos, meramente legalistas, prisioneiros de artigos e parágrafos. O espírito vivifica, sabemos. A igreja tem um papel a cumprir, e se ela se omitir, ninguém fará isso em seu lugar.

Pesquisa revela que crença em um Deus punitivo faz as pessoas serem mais honestas

20/05/2011  - Fonte: folha gospel - Jota7

Acreditar em Deus não impede as pessoas de trapacearem, a menos que ele seja visto como alguém capaz de punir.

Pesquisa revela que o tipo de deus que uma pessoa crê pode mudar suas atitudes e que há uma relação entre a crença religiosa e a honestidade
O estudo chamado de Mean Gods Make Good People: Different Views of God Predict Cheating Behavior [Deuses maus geram pessoas boas: diferentes visões sobre Deus ajudam a prever comportamento e trapaças] revela que há uma relação entre a crença religiosa e a honestidade.
Mas isso não se trata de simplesmente afirmar que “os mais religiosos trapaceiam menos”. De acordo com um dos coordenadores, psicólogo americano Azim Shariff, da Universidade do Oregon, “a questão mais importante do que acreditar ou não em Deus, é o tipo de deus que uma pessoa crê”.
Além de Shariff também colaborou na coordenação dessa pesquisa a canadense Ara Norenzayan, da Universidade da Columbia Britânica, que já publicaram pesquisas semelhantes no passado.
O resultado mostrou que acreditar em Deus não impede as pessoas de trapacearem, a menos que ele seja visto como alguém capaz de punir.
A pesquisa foi conduzida entre estudantes universitários submetidos a um teste simples de matemática em um computador. Todos foram avisados que uma falha no sistema poderia mostrar as respostas na tela a menos que eles apertassem a barra de espaço antes. O computador calculava quanto tempo depois de ver a resposta na tela os alunos digitavam a ou a mudavam após saber o resultado esperado. Esses alunos foram entrevistados individualmente sobre suas crenças religiosas e, aqueles que criam, tiveram de explicar qual o seu conceito de Deus.
“Na comparação entre crentes e descrentes, não encontramos nenhuma diferença significativa… Mas entre os que acreditam, a visão de um Deus irado e punitivo parece levá-los a um índice menor de trapaça”, explica Shariff.
Por outro lado a pesquisa corroborou a descoberta de que um acreditar em um Deus que perdoa e é amoroso parece levar a um aumento nos níveis de trapaça.
O trabalho deve agora se expandir para outros tipos de comportamento moral podendo investigar se a diferença entre Deus punitivo e bondoso pode se estender para outros tipos de comportamento moral como caridade e generosidade ou se é específico para o caso da trapaça.
“É bem possível que um Deus punitivo seja efetivo apenas para impedir as pessoas de fazer coisas ruins [...]. Nos outros casos (generosidade e caridade) é possível que um Deus bondoso tenha um efeito positivo, pois pode servir de exemplo de benevolência e estimular as pessoas a copiá-lo”, afirmou Shariff. E completou: “O fato é que, neste momento, não temos esta resposta, mas esperamos descobri-la”.

Exclusivo: Estevam Hernandes fala sobre perseguição e 25 anos da Renascer

20/05/2011 - Fonte: guia-me - jota7

Antes de fundar a Igreja Renascer em Cristo, o apótolo tinha uma promissora carreira na área de vendas e marketing.

Antes de fundar a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Estevam Hernandes Filho, o apóstolo Estevam, tinha uma promissora carreira na área de vendas e marketing. Chegou a ocupar cargos de destaque em empresas como Itautec e Xerox, mas, no final dos anos 80, o que nasceu apenas como "estudos bíblicos" ganhou uma dimensão que o levou a abandonar tudo e, ao lado de sua mulher fundar uma das mais populares igrejas evangélicas do Brasil.
Nascido em 22 de março de 1954, na Aclimação (zona sul de São Paulo), o apóstolo Estevam é pai de três filhos: Fernanda, Gabriel e Filipe e é considerado um dos responsáveis pelo sucesso da música gospel no Brasil, além ser o primeiro a implantar no país uma rede de rádio e televisão com programação totalmente dirigida com conteúdo cristão, a Rede Gospel de Televisão e a Rede Gospel de Rádio. É, também, o organizador da Marcha para Jesus no Brasil --evento que acontece simultaneamente em mais de 170 países-- em São Paulo e em outras cidades.
Presidente da Confederação das Igrejas Evangélicas Apostólicas do Brasil, entidade que congrega as igrejas que aceitam essa doutrina, Estevam é o único apóstolo brasileiro membro do Conselho Internacional de Apóstolos. Ele também é autor de diversos livros religiosos, como "A Caminho da Felicidade", "O Caminho da Oração", "Como Não Morrer no Deserto", "Desafiando o Impossível" e "A Fumaça do Inferno".
Em entrevista exclusiva ao portal GUIA-ME o apóstolo fala sobre os 25 anos da igreja Renascer em Cristo, comenta sobre o episódio da prisão nos EUA e conta sobre o segredo de uma liderança vitoriosa. Confira:
A igreja Renascer em Cristo criou os grandes eventos gospel do país como: Marcha para Jesus, SOS da Vida. Qual a relevância de eventos como esse para o meio cristão?
Eu acredito que essa visão foi dada por Deus e obviamente se tornou pioneira porque nós ousamos em muitas coisas. Começamos isso em nossas reuniões de segunda feira onde tínhamos o objetivo de evangelizar e incentivar jovens descomprometidos de qualquer tipo de religiosidade a buscarem a Deus. Conseqüentemente isso foi trazendo uma série de outros eventos como SOS da vida, Marcha para Jesus e muitos festivais de música. Essa estratégia tem continuado, agora estamos com uma ação muito forte que é propagada em todo mundo, o fight night , evento que quer trazer para a igreja aquela comunidade de jovens que gosta de lutas marcias e através disso evangelizar para alcançar resultados positivos.
A Renascer continua em constante crescimento e os cultos estão sempre lotados. Qual o segredo de liderança para que isso aconteça?
O maior de todos os segredos está em nosso amor e dedicação em fazer a obra de Deus. Trabalhamos de maneira 100% radical no sentido de que a igreja é o corpo de Cristo e que ela deve agregar as pessoas das mais diferentes correntes. Por isso investimos principalmente na formação. Temos um trabalho muito forte nisto, atualmente nosso oxigênio, é o O2, nosso ministério de jovens. Temos hoje na linha de frente da igreja muitos jovens que chegaram aqui com problemas pessoais, eram viciados em drogas e tiveram suas vidas transformadas, agora são jovens pastores e bispos que preservam essa visão de investir na formação. Creio que esse respirar do corpo é o que nos da à oportunidade de manter esse crescimento.
Quais foram os maiores desafios enfrentados até hoje?
Nosso primeiro desafio foi a incompreensão geral em relação a proposta do nosso ministério, nunca lutamos para ser aceitos por ninguém, mas lutamos pela visão de amor ao próximo e por salvar as vidas perdidas e obviamente isso trouxe barreiras terríveis. No começo da Renascer, o rock era classificado como música do diabo e sofremos um confronto enorme em virtude disso, mas superamos. Depois enfrentamos a trágica situação que vivemos com o episódio da prisão nos EUA, naquela época a igreja estava passando por uma perseguição sistemática e orquestrada de várias maneiras, mas nos mantemos forte e unidos, superando tudo isso a exemplo da igreja primitiva de Cristo. Outro grande desafio foi o desabamento do teto do templo sede da Renascer em São Paulo, na Rua Lins de Vasconcelos, aquilo nos marcou e obviamente foi um divisor de águas porque nos amadureceu bastante, embora tenha sido muito triste e traumático a recuperação do corpo de Cristo para passar esse desafio foi um marco muito grande na vida da igreja.
A Renascer sempre foi alvo de críticas e especulações da mídia secular. Como você encara isso?
Costumo dizer que a bíblia é sempre honesta quando diz que somos luz contra as trevas e que vamos enfrentar uma oposição, anunciada por Jesus há muito tempo. Ele nunca prometeu um mar de rosas, Ele avisou que seriamos perseguidos, expostos publicamente porque obviamente existe uma oposição espiritual. Acredito que de certa forma é natural que aconteça essas especulações no aspecto de querer reter um crescimento, as pessoas tem medo do crescimento acelerado dos evangélicos, hoje representamos mais de 33% da população e isso pegou de assalto a sociedade. As forças contrárias se manifestam e muitas coisas são produzidas falsamente em função disso. Nós temos sabido controlar e passar por essas situações dispostos a pagar um preço alto, mas crendo que nossa luta não é contra carne e o sangue, mas sim contra as potestades e dominadores.
A música sempre esteve muito presente na vida da igreja. Entre outras bandas frutos do ministério, o Renascer Praise é uma prova concreta. Como você vê isso? O que o louvor e adoração representa hoje na Renascer?
A música é fundamental quando analisamos a relação de Deus com seu povo e com o homem porque Ele criou o homem para seu louvor e nesse aspecto nos inovamos bastante ao incorporar o rock, samba e vários outros ritmos em nossos momentos de louvor. Mas temos como visão principal oferecer um louvor que chega ao Senhor com qualidade. O Renascer Praise chega agora em sua décima sétima edição mantendo esse objetivo, que para nos é fundamental. O louvor faz parte do nosso culto a Deus e acredito que esse é um dos ministérios mais fortes que temos como igreja.
Atualmente, como você avalia seu ministério pessoal? Sente-se realizado?
Eu acho que estou tão distante da realização que às vezes fico pensando: será que vai dar tempo? O dinamismo de uma caminhada com Deus é algo tão impressionante porque Ele te abre tantas portas e te dá diferentes oportunidades para realizar a obra. Ele disse para Abraão: Levanta teu olho e enxerga porque tudo o que você ver vai conquistar e suas gerações tomarão posse disso. Acredito que é difícil um homem de Deus dizer que está completamente realizado principalmente porque nós temos a necessidade de ganhar vidas e conseqüentemente isso significa novas igrejas, novos ministérios e ainda tenho muita coisa para fazer.
Quais os planos para os próximos 25 anos da denominação no Brasil?
Eu não pensei tão longe ainda. Mas queremos crescer em qualidade, em formação e queremos ganhar vidas. Temos planos muito concretos na área de comunicação, rádio e televisão, queremos trabalhar na linha do desenvolvimento digital e obviamente usar as redes sociais. Pretendemos ocupar um espaço e deixar um legado para as gerações que possam nos suceder. As expectativas é continuar nesta caminhada e nunca perder essa coisa do pioneirismo, eu tenho envelhecido, mas não sou velho e a gente quer nos próximos 25 anos continuar marchando para Jesus.

Silas Malafaia solta o verbo sobre as comemorações do centenário das Assembleias de Deus

20/05/2011 - Fonte: gospel prime - jota7
Pastor acusa lideres da CGADB de tentar boicotar festa dos 100 anos... E qual a sua opinião?
O programa do pastor Silas Malafaia convidou a todos os cidadãos brasileiros a entenderem melhor o que está escrito no texto do Projeto de Lei 122/2006 que foi desarquivado pela Senadora Marta Suplicy.
O texto redigido com a intenção de acabar com crimes homofóbicos acaba condenando todo tipo de crítica voltada ao grupo de homossexuais, bissexuais e transgênicos.
O pastor comparou então o texto da PL 122 com Constituição Federal em principal o artigo 5º que garante a manifestação de expressão, concluindo que o texto da PL afeta diretamente o que a CF garante ao cidadão, sendo então uma lei anticonstitucional.
Malafaia deixou claro que tem o direito de criticar a homoafetividade, mas que é completamente contra ao crime de homofobia e que vai continuar alertando a população sobre os exageros da referida lei.
O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo também deixou claro que não ficou satisfeito com a emenda que a senadora do PT fez ao projeto permitindo que os pastores e demais líderes religiosos apenas fale sobre o homossexualismo dentro de seus templos.
Para protestar e impedir que esse projeto seja aprovado o pastor Silas Malafaia está organizando uma passeata em Brasília no dia 29 de junho e convida todos os que defendem os direitos da família a estarem com ele neste dia.
Centenário e disputas políticas nas Assembleias de Deus
A segunda parte de seu programa foi voltada a denuncia contra a diretoria da Convenção Geral das Assembléias de Deus que por questões de rixas políticas não mencionam a Igreja Mãe das ADs, a Assembleia de Deus de Belém, nos folhetos de comemoração do Centenário.
“A única igreja que está completando 100 anos é a Assembleia de Deus de Belém”, lembra Silas Malafaia que diz não estar defendendo o pastor Samuel Câmara que é quem está sendo “desprezado” pela CGADB por ter disputado as eleições para presidência da convenção juntamente com o pastor José Wellington.
Malafaia diz que a igreja tem que ser prioridade, acima da convenção que é só uma organização política. “Vocês dizem que amam a Assembleia de Deus, mas na verdade vocês só amam os seus cargos”.
O pastor denuncia também que a CGADB fará comemorações da cidade de Belém uma semana antes do que planeja a igreja local para que os líderes presentes não voltem na semana do dia 16 para participar das festividades coordenadas por Samuel Câmara.
Ele também faz coro com as declarações já dadas pelo pastor Câmara que diz que toda convenção regional que não apoia a CG acaba rachando, sem o apoio da diretoria.
“A nossa denominação está cheia de gerentes”, diz Malafaia que traça perfis diferentes entre líderes e gerentes, citandos inclusive, os nomes de antigos presidentes da convenção geral que agiram como líderes, prezando o bem comum das igrejas e não o lado pessoal.