ONU CRITICA BRASIL POR PERMITIR ENSINO RELIGIOSO EM ESCOLAS PÚBLICAS

31/05/2011 - Fonte: folha gospel

Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) fará um alerta ao Brasil por desrespeitar o caráter laico do Estado e impor o ensino religioso.

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que será apresentado essa semana ao Conselho de Direitos Humanos fará um alerta ao Brasil porque foi revelado que centenas de escolas públicas em pelo menos 11 Estados brasileiros desrespeitam o caráter laico do Estado e impõem o ensino religioso.

A pesquisa foi realizada pela relatora da ONU para o direito à cultura, Farida Shaheed, que também alerta que intolerância religiosa e racismo “persistem” na sociedade brasileira.

Shaheed pedirá uma posição mais forte por parte do governo para frear ataques realizados por “seguidores de religiões pentecostais” contra praticantes de religiões afro-brasileiras no País.

A relatora também chamará a atenção para uma das maiores preocupações é o com o ensino religioso, assunto que pôs Vaticano e governo em descompasso diplomático.

Os Estados citados por Farida, que visitou o País no final do ano passado, são Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A representante da ONU diz ter recolhido pedidos para que o material usado em aulas de religião nas escolas públicas seja submetido a uma revisão por especialistas, como no caso de outros materiais de ensino. Além disso, “recursos de um Estado laico não devem ser usados para comprar livros religiosos para escolas”, esclarece.

Para ela as principais preocupações que impedem a implementação efetiva do que é previsto na Constituição são: deixar o conteúdo de cursos religiosos serem determinados pelo sistema de crença pessoal de professores ou administradores de escolas; usar o ensino religioso como proselitismo; ensino religioso compulsório e excluir religiões de origem africana do curriculum.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação o ensino religioso deve ser oferecido em todas as escolas públicas de ensino fundamental, mas a matrícula é facultativa. A legislação também pede que a definição do conteúdo seja feita pelos Estados e municípios, mas afirma que o conteúdo deve assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa e proíbe qualquer forma de proselitismo.

“Em tese, deveria haver um professor capaz de representar todas as religiões. Mas, como sabemos, é impossível”, explica Roseli Fischmann, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP)
Para a professora da USP a educação religiosa deve ser restrita aos colégios confessionais, pois lá, o pai matricula consciente de que seu filho terá o ensinamento religioso.

DEPUTADO FEDERAL DE MT COMEMORA SUSPENSÃO DO KIT ANTI-HOMOFOBIA

31/05/2011 - Fonte: folha gospel

“O veto ao “kit anti homofobia” é uma resposta da presidente Dilma aos seus compromissos pela preservação dos valores da família”, afirmou o deputado.

A decisão da presidente Dilma Rousseff, de suspender a distribuição do kit anti-homofobia, produzido pelo Ministério da Educação, foi uma demonstração, à sociedade, de que ela cumprirá seus compromissos firmados com os movimentos religiosos, ainda durante a campanha eleitoral. A avaliação é do ex-deputado federal Victório Galli (PMDB-MT).

“O veto ao “kit anti homofobia”, que seria distribuído para escolas públicas de todo o país, também é uma resposta da presidente Dilma aos seus compromissos com a sociedade brasileira, pela preservação dos valores da família”, afirmou Victório. Durante a campanha, a candidata Dilma Roussef havia assinado um acordo com políticos ligados a movimentos religiosos em que garantia, se eleita, não autorizar nem a legalização do aborto, nem do casamento gay.

Ao assumir o mandato como primeiro-suplente, em duas oportunidades, Victório Galli ergueu sua voz da tribuna da Câmara contra a prática criminosa do aborto. Galli também tomou a iniciativa de reunir a Bancada Evangélica no Congresso Nacional e encaminhar ofício ao então presidente da Casa, e aos demais deputados para combater o projeto de lei que institui a profissionalização da prostituição. “Também fizemos o mesmo trabalho e conseguimos o arquivamento do projeto que trata da homofobia”, relembra o deputado.

O kit anti-homofobia é composto por cartilhas e vídeos que tratam de transexualidade, bisexualidade e namoro gay e lésbico. Segundo informou o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, a presidente Dilma considerou o material “inadequado”, “impróprio para o seu objetivo”, e que o governo não fará “propaganda de opções sexuais”.

“Os movimentos religiosos no Congresso Nacional vão continuar vigilantes, atentos contra todo e qualquer ato que atente contra os valores da família brasileira. A decisão da presidente Dilma nos tranquiliza, mas a nossa luta continua”, afirmou Victório.

Evangélico da Igreja Assembleia de Deus, o deputado Victório Galli fez questão de divulgar na Câmara Federal o trabalho social realizado pelas igrejas Assembleia de Deus em todo o Estado de Mato Grosso. “Um trabalho grandioso, sob a liderança do líder e presidente, o pastor Sebastião Rodrigues de Souza, que ao longo de 30 anos de trabalho realiza uma grande obra”, destacou.

CRISTÃO, DONO DE LOJAS DE BRINQUEDOS SE NEGA A VENDER PRODUTOS DE HARRY POTTER

31/05/2011 - Fonte: folha gospel

O dono da rede de lojas diz que não quer se tornar responsável em atrais as crianças para o ocultismo.

Gary Grant é cristão e dono de uma grande rede de lojas de brinquedos no Reino Unido. Sua loja tem chamado atenção da mídia local porque ele se nega a vender produtos do bruxo Harry Potter.

Apesar da reclamação de seus clientes, Grant disse que nunca vendeu, nem venderá qualquer produto dos filmes em seus estabelecimentos e que não se tornará responsável por “atrair crianças ao ocultismo”.

Ao jornal Daily Mail a cliente Jennifer Gledhill declarou que não gostou da posição da empresa quando chegou à loja com seu filho de oito anos e ficou sabendo que eles não vendiam o Lego do bruxo.

“Pedi ajuda ao gerente para encontrar o Lego do Harry Potter e ele disse: ‘Somos uma loja cristã e não queremos ensinar esse mal para as crianças’. Me senti insultada, como se eu estivesse querendo ensinar maldades ao meu filho.”

Grant se defende dizendo que não quer “empurrar” seus valores cristãos para seus clientes, mas não abrirá mão deles para satisfazê-los.

Além dos produtos do bruxo mais famoso do mundo o dono da Entertainer também não vende produtos do Trolls (personagens com poderes místicos e mágicos) e nem produtos de Halloween.

PASTOR RICARDO GONDIM PERDE COLUNA EM REVISTA CRISTÃ POR SER A FAVOR DA UNIÃO GAY

23/05/2011 - Fonte: folha gospel


Segundo o próprio pastor, após 20 anos como colunista da revista Ultimato, o conselho editorial o convidou para sair.


O pastor Ricardo Gondim, 54, da Igreja Betesda, escreveu em seu blog que, depois de quase 20 anos como colaborador da Ultimato, ele foi “convidado” pelo conselho editorial a “descontinuar” a sua coluna na revista. Ultimato é filiada à Associação Evangélica Brasileira e à Associação de Editores Cristãos.

Gondim foi informado pelos responsáveis pela revista de que suas declarações estavam criando desconforto e tensão. A gota d’água, segundo relatou o pastor, foi a entrevista que deu à revista Carta Capital na qual defendeu a união civil de homossexuais e a observância de que o Estado é laico. Aparentemente, ele foi defenestrado menos pelo que escrevia na revista e mais pelo que dizia em outros meios.

No blog, ao comentar o “convite”, ele reafirmou: “Em um Estado laico, a lei não pode marginalizar, excluir ou distinguir como devassos, promíscuos ou pecadores, homens e mulheres que se declaram homoafetivos e buscam constituir relacionamentos estáveis. Minhas convicções teológicas ou pessoais não podem intervir no ordenamento das leis”.

Gondim tem se destacado como um contundente crítico do movimento neopentecostal brasileiro. No começo do ano, publicou em seu blog o artigo “Deus me livre de um Brasil evangélico”, com a argumentação de que, se a maioria da população do país se tornasse evangélica, o puritanismo causaria uma devastação na cultura brasileira.

À Carta Capital, ele disse que o objetivo desses evangélicos é assumir cada vez mais poder político, tendo em vista, inclusive, as eleições presidenciais.

Gondim contou que outro motivo do seu desligamento da Ultimato foi sua afirmação de que “Deus não está no controle”.

Na entrevista, ele disse: “Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem, então há algo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida”.

Antes de falar à revista, o pastor, por causa da mesma afirmação, já tinha enfurecido alguns dos evangélicos que o seguem no Twitter. Mas a sua entrevista gerou da parte de Klênia Fassoni, da Ultimato, a acusação de que é um “humanista”. Nas doutrinas do humanismo, o homem é senhor do seu destino – independe, portanto, de divindades. Gondim demonstrou ficar chateado com Klênia e escreveu que, sobre o seu “humanismo”, não se daria ao trabalho de reagir.

Ao jornalista Gerson Freitas Jr., da Carta Capital, Gondim (foto) disse que vem sofrendo muita pressão de seus pares por causa de suas afirmações. “Fui eleito o herege da vez”, afirmou. O que confirma agora a sua demissão da revista com o sugestivo nome de Ultimato.

FIM DO MUNDO: HEROLD CAMPING FARÁ DECLARAÇÕES NESTA SEGUNDA-FEIRA

23/05/2011 - Fonte: folha gospel


Harold Camping reapareceu em sua casa e disse que o final de semana foi “difícil” depois de sua previsão do arrebatamento global ter falhado neste sábado.

“Tem sido realmente um fim de semana difícil,” disse Camping, 89, em frente à sua casa, Alameda, Califórnia, ao The San Francisco Chronicle na tarde deste domingo.

“Eu estou buscando por repostas,” disse ele, admitindo que ele estava “perplexo.”

O presidente da Family Radio proclamou que o dia 21 de Maio (às 6h da tarde de cada fuso horário) iria iniciar o dia do julgamento e do arrebatamento.

Ele disse que não tinha mais nada a dizer e que ele estaria de volta ao trabalho na segunda-feira, quando ele vai ter mais a dizer sobre a previsão do fim do mundo que falhou.

UM PASTOR MODERNO ENTRE OS RADICAIS

23/05/2011 - Fonte: folha gospel


Um dos líderes da Assembleia de Deus, a maior e uma das mais conservadoras igrejas evangélicas do Brasil, Samuel Ferreira rompe tradições, libera costumes e atrai fiéis para o seu templo.

Na edição 2167, do dia 20 de maio de 2011, a revista Isto É trouxe como destaque o Pastor Samuel Ferreira, filho do presidente da Assembléia de Deus Ministério Madureira. Revista secular fez um comparativo da pregação de hoje do Pastor Samuel no templo em que lídera no Brás, São Paulo, com as tradicionais regras e esteriótipos que a Assembléia de Deus possui com relação a usos e costumes.

Confira a reportagem na integra abaixo:

O evangélico desavisado que entrar no número 560 da ave­nida Celso Garcia, no bairro paulistano do Brás, poderá achar que não está entrando em um culto da Assembleia de Deus. Maior denominação pentecostal do País – estima-se que tenha 15 milhões de adeptos, cerca de metade dos protestantes brasileiros –, historicamente ela foi caracterizada pela postura austera, pelo comedimento na conduta e, principalmente, pelas vestimentas discretas de seus membros. Por conta dessa última particularidade, tornou-se folclórica por forçar seus fiéis a celebrarem sempre, no caso dos homens, de terno e gravata e, entre elas, de saia comprida, camisa fechada até o punho e cabelos longos que deveriam passar longe de tesouras e tinturas. Era a igreja do “não pode”. Não podia, só para citar algumas interdições extratemplo, ver tevê, praticar esporte e cultuar ritmos musicais brasileiros. A justificativa era ao mesmo tempo simples e definitiva: eram coisas do capeta.

No templo do Brás, porém, às 19h30 do domingo 15, um grupo de cerca de vinte fiéis fazia coreografias, ao lado do púlpito, ao som de uma batida funkeada. Seus componentes – mulheres maquiadas e com cabelos curtos tingidos, calça jeans justa e joias combinando com o salto alto; homens usando camiseta e exibindo corte de cabelo black power – outrora sofreriam sanções, como uma expulsão, por conta de tais “ousadias”. Mas ali eram ovacionados por uma plateia formada por gente vestida de forma parecida, bem informal. Palmas, também proibidas nas celebrações tradicionais, eram requisitadas pelo pastor Samuel de Castro Ferreira, líder do templo e um dos responsáveis por essa mudança de mentalidade na estrutura da Assembleia de Deus, denominação nascida em Belém, no Pará, que irá festejar seu centenário no mês que vem. “Muitos chamam de revolução, mas o que eu faço é uma pregação de um evangelho puro, sem acessórios pesados”, afirma ele, 43 anos, casado há vinte com a pastora Keila, 39, e pai de Manoel, 18, e Marinna, 14. “A maior igreja evangélica do País está vivendo um redescobrimento.”

Sentado em uma cadeira logo ao lado do coral, Ferreira, que assistiu à televisão pela primeira vez na casa do vizinho, aos 7 anos, escondido do pai, Manoel Ferreira, pastor assembleiano, desliza o dedo indicador em um iPad segunda geração enquanto o culto se desenrola. Acessa a sua recém criada página no Twitter por meio da qual, em apenas um mês, amealhou mais de 110 mil seguidores. Quando se levanta para pregar a palavra, deixa visível o corte alinhado de seu terno e a gravata que combina com o conjunto social. Não que o pastor se furte em pregar de jeans, tênis e camisa esporte – tem predileção por peças da Hugo Boss –, como faz em encontros de jovens. “Samuel representa a Assembleia de Deus moderna, com cara de (Igreja) Renascer (em Cristo)”, opina o doutorando em ciências da religião Gedeon Alencar, autor de “Assembleias de Deus – Origem, Implantação e Militância” (1911-1946), editora Arte Editorial. “Os mais antigos, porém, acham o estilo dele abominável.”

Natural de Garça, interior de São Paulo, formado em direito e com uma faculdade de psicologia incompleta, Ferreira é vice-presidente da Convenção de Madureira, que é comandada por seu pai há 25 anos e da qual fazem parte 25 mil templos no Brasil, entre eles o do Brás. Os assembleianos não são uma comunidade unificada em torno de um líder. Há, ainda, os que seguem a Convenção Geral, considerada o conglomerado mais poderoso, e o grupo formado por igrejas autônomas. Ferreira assumiu o templo da região central da capital paulista há cinco anos e passou a romper com as tradições. Ao mesmo tempo, encarou uma cirurgia de redução de estômago para perder parte dos 144 quilos. “Usar calça comprida é um pecado absurdo que recaía sobre as irmãs. Não agride a Deus, então liberei”, diz o pastor, 81 quilos, que até hoje não sabe nadar e andar de bicicleta porque, em nome da crença religiosa, foi proibido de praticar na infância e na adolescência.

Sua Assembleia do “pode” tem agradado aos fiéis. “Meu pai não permitia que eu pintasse as unhas, raspasse os pelos ou cortasse o cabelo”, conta a dona de casa Jussara da Silva, 49 anos. “Furei as orelhas só depois dos 40 anos. Faz pouco tempo, também, que faço luzes”, afirma Raquel Monteiro Pedro, 47 anos, gerente administrativa. Devidamente maquiadas, as duas desfilavam seus cabelos curtos e tingidos adornados por joias pelo salão do Brás, cuja arquitetura, mais parecida com a de um anfiteatro, também se distingue das igrejas mais conservadoras.

A relativização dos costumes da Assembleia de Deus se dá em uma época em que não é mais possível dizer aos fiéis que Deus não quer que eles tenham vaidade. A denominação trabalha para atender a novas demandas da burguesia assembleiana, que, se não faz parte da classe média, está muito perto dela, é urbana e frequenta universidades. É esse filão que está sendo disputado. Uma outra igreja paulista já promoveu show no Playcenter. No Rio de Janeiro, uma Assembleia de Deus organiza o que chama de Festa Jesuína, em alusão à Festa Junina. Segundo o estudioso Alencar, as antigas proibições davam sentido ao substrato de pobreza do qual faziam parte a grande maioria dos membros da Assembleia de Deus. “Era confortável para o fiel que não tinha condição de comprar uma televisão dizer que ela é coisa do diabo. Assim, ele vai satanizando o que não tem acesso.”

Importante figura no mundo assembleiano, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, 76 anos, presidente da Convenção Geral, não é adepto da corrente liberal. “Samuel é um menino bom, inteligente, mas é liberal na questão dos costumes e descambou a abrir a porta do comportamento”, afirma. Ferreira, por outro lado, se diz conservador, principalmente na questão dos dogmas. Em suas celebrações, há o momento do dízimo, do louvor, da adoração e um coral clássico. Ao mesmo tempo, é o torcedor do Corinthians que tuita pelo celular até de madrugada – dia desses, postou que saboreava um sorvete às 4h30 –, viaja de avião particular e não abre mão de roupas de grife. Um legítimo pastor do século XXI.






NOS EUA, CRISTÃOS FUNDAMENTALISTAS ESTÃO PRONTOS PARA APOCALIPSE

21/05/2011 - Fonte: folha gospel


Os seguidores de um pregador cristão americano, Harold Camping (foto), de 89 anos, já estão prontos para o Juízo Final que, acreditam, acontecerá neste sábado.

Alguns deixaram seus trabalhos e viajam por todo o país, instando aos demais a que se arrependam dos pecados "antes que seja tarde demais".

O sermão de Harold Camping, de 89 anos, é que às 18h (horário local) em cada país do mundo --a começar pela Nova Zelândia, às 6h de Brasília-- o arrebatamento acontecerá e os bons cristãos serão levados aos céus, o que dá muito pouco tempo para que os pecadores se arrependam.

No entanto, Gregory LeCorps tem pensado no futuro. Há algumas semanas, ele deixou seu emprego para levar esposa e cinco filhos pequenos em viagem pelo país para advertir a todos de que o fim está próximo, noticiou o "Journal News de Nova York".

"Estamos nos últimos dias", dizia, enquanto distribuía panfletos na semana passada.

Segundo a previsão apocalíptica de Camping, aqueles que não conseguirem que as portas dos céus se abram, no sábado, sofrerão um verdadeiro inferno na Terra até 21 de outubro, data em que Deus, colérico, por fim destruirá o planeta e toda a criação.

LeCorps diz acreditar totalmente. Outros são céticos, especialmente porque Camping fez uma profecia igual anos atrás. Segundo ele, o arrebatamento aconteceria em 1994. Ele chegou a escrever um livro sobre o tema e 1994 passou.

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg --que como é judeu, segundo a profecia não será eleito por Deus para seguir ao Seu lado --disse em seu programa de rádio semanal, na sexta-feira, que se o mundo acabar neste sábado acabará com as restrições para estacionar na cidade.

Os bares ofereciam "happy hours" antes do dia do julgamento e em todo o país as pessoas organizavam festas por ocasião do Arrebatamento, supostamente para se despedir de todos aqueles que forem para o outro lado.

Bancada evangélica barra votação da PL 122

20/05/2011 - Fonte: folha gospel


A Frente Parlamentar Evangélica no Senado Federal pediu o adiamento da votação alegando que devem ser realizadas audiências públicas.

A votação do projeto que define como crime a discriminação por gênero e orientação sexual, assim como idosos e pessoas com deficiência, sairá temporariamente da pauta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

O pedido foi feito pela relatora da matéria, senadora Marta Suplicy (PT-SP), na reunião desta quinta-feira (12). A ideia é ganhar tempo para um acordo com os que se opõem à proposta, especialmente igrejas evangélicas e seus representantes no Congresso.

- Assim nós teremos como proporcionar maior possibilidade de diálogo e entendimento - disse.

Ao justificar a retirada da matéria, Marta afirmou que, no começo, assustou-se com a rejeição por parte de igrejas cristãs com relação ao projeto, mas que, ao entender o temor de que ele poderia restringir as liberdades de culto e de expressão, decidiu resguardá-las em seu substitutivo. Como ainda persistem resistências ao projeto, ela se disse disposta a ouvir e prosseguir o debate.

Marta afirmou que já havia feito todo esforço para chegar a um texto de consenso, ouvindo para isso senadores ligados a igrejas evangélicas. O resultado disso, segundo ela, foram mudanças para deixar claro o respeito à liberdade religiosa na abordagem do homossexualismo. O texto final exclui do alcance das punições "os casos de manifestação pacífica de pensamento fundada na liberdade de consciência e de crença".

Ao salientar a necessidade de acabar com os preconceitos, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou ser preciso aprovar um projeto de consenso que estabeleça a punição para ações contra homossexuais, mas que garanta a liberdade de manifestação de pensamento fundada na liberdade de crença.

- Talvez seja a hora de esgotamos todos os diálogos necessários e possíveis e que deixe claro que o Estado regulamenta a criminalização de preconceito, mas que o Estado não se meta na "pecamização" de qualquer coisa. É preciso esgotar as conversas para que o texto final não crie outro preconceito, o preconceito contra as igrejas, contra as crenças - disse.

Audiências públicas
Alguns representantes da Frente Parlamentar Evangélica presentes à sessão alegaram que é necessário realizar audiências públicas, porque o projeto não teria sido suficientemente discutido no Congresso.

Magno Malta (PR-ES) elogiou a decisão de adiar o debate e foi um dos que defenderam a realização de audiências públicas para ouvir todos os segmentos da sociedade que querem se manifestar sobre o assunto, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os religiosos (católicos e evangélicos), e homossexuais. Ele informou que apresentaria requerimento com esse propósito. "Precisamos debater à exaustão, sem privilegiar ninguém. Há pelo menos 150 milhões de brasileiros que não foram ouvidos”, disse o senador Magno Malta (PR-ES).

O texto do PL 122 é de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP) e tramita há dez anos no Congresso, mas somente em 2006 foi aprovado no plenário da Câmara. A intenção da senadora Marta Suplicy (PT-SP) que o desarquivou e virou sua relatora, era aprovar a PL até a próxima semana, quando começa as comemorações do Dia Nacional de COmbate à Homofobia, data comemorada no dia 17 de maio e que vai movimentar a Esplanada em Brasília.

LATINO QUER GRAVAR CD DE MÚSICA GOSPEL SEM SE TORNAR EVANGÉLICO

20/05/2011 - Fonte: folha gospel
De olho no mercado que arrecada bilhões de reais por ano o cantor de "Festa do Apê" quer falar de Deus.


De olho no público gospel o cantor Latino pretende lançar um CD falando de Deus para conseguir entrar nesse mercado que arrecada bilhões de reais por ano.

O cantor que tem 18 anos de carreira e já lançou muitos sucessos como “Festa no Apê”, pretende dentro de dois ou três anos lançar um trabalho gospel, mas engana-se quem pensa que ele se converteu.

“Não quero me tornar evangélico, mas sei que posso falar de Deus de uma maneira ousada e jovial”, comentou.

Em declaração ao portal Ego, Latino confessou na quarta-feira, 11, que para esse projeto pretende reunir alguns cantores evangélicos e fazer um trabalho “bacana”.

“Precisamos ficar de olho no mercado musical e sempre buscar novas inspirações. Eu mesmo quero compor as músicas que falem de Deus de uma forma bem alegre, com romantismo também. Vou trabalhar muito para me consolidar também nesse meio”, explicou.

Colunista da VEJA critica Marta Suplicy e defende liberdade religiosa

20/05/2011 - Fonte: folha gospel - Jota7

Lei da homofobia: Marta Suplicy seria fulminada pela Primeira Emenda nos EUA
Reinaldo Azevedo publicou em seu blog - um dos mais acessados do país - um artigo no qual crítica Marta Suplicy e defende liberdade religiosa.
Leia o texto na íntegra:
Lei da homofobia: Marta Suplicy seria fulminada pela Primeira Emenda nos EUA
O Jornal da Globo apresentou ontem uma reportagem sobre a PL 122, a tal lei que criminaliza a homofobia. No senado, militantes gays — a militância gay, já disse, está para os homossexuais como o MST está para o trabalhador rural — se reuniram para defender o texto, tendo como sacerdotisa a senadora Marta Suplicy (PT-SP), a mesma que disse bobagens estonteantes ontem em defesa de Antônio Palocci (ver posts abaixo). Ela estava sendo “progressista” nos dois casos, tá?
A reportagem fazia parecer que as pessoas estão apenas empenhadas na defesa de direitos e que o texto, se aprovado, não terá conseqüências que dizem respeito à democracia. A PL 122, sob o pretexto de defender os homossexuais, oficializa a censura no país. Já demonstrei isso mais de uma vez.
Marta teve uma idéia genial, bem Marta!, para resolver o problema da liberdade religiosa, por exemplo. As pessoas poderão falar contra o casamento gay, mas só dentro dos templos! Fora deles, estariam sujeitos à pena de reclusão, num crime que passaria a ser considerado inafiançável e imprescritível, como o racismo. Se nem a cor de pele é raça — somos todos da raça humana! —, a condição sexual passará a ser.
Como é fabulosa essa Marta Suplicy! Se nos EUA, seria fulminada, de cara, pela Primeira Emenda, aquela que proíbe o Congresso de legislar sobre liberdade de expressão e liberdade religiosa. Ela faz as duas coisas! No Brasil, o jornalismo também concluiu que a Primeira Emenda é coisa de americano… Fala-se da PL 122 como se ela estivesse apenas garantindo direitos, jamais agredindo-os.
Vai ser aprovado? Sei lá eu! A pressão da imprensa sobre o Senado é grande. Aprovada a lei, o Brasil vai se transformar numa indústria de ações judiciais. O texto permitirá que pessoas sejam denunciadas ou por demitirem gays das empresas — ou por não os admitirem, ainda que por outros motivos nos dois casos. Um professor “transgênero” poderá alegar que não foi contratado pela escolinha de educação infantil porque o diretor não passa de um preconceituoso…
Não só isso. Ainda que o suposto ofendido não faça a denúncia, um terceiro poderá fazê-la. O texto permite que se acuse alguém de homofobia porque o acusador se sentiu “subjetivamente” atingido, entenderam? Esses absurdos partem do princípio, falso, de que inexistem leis para punir agressões aos gays. Estatísticas furadas são usadas para fazer proselitismo, como aquelas que indicam que este seria um dos países do mundo que mais assassinam gays. Qualquer delegacia de polícia sabe que boa parte dos crimes dessa natureza é cometida por garotos de programa, que são também… gays! Ou não? Esses “profissionais” seriam o quê? Prestadores heterossexuais de serviços? Se essas ocorrências servem para afirmar que o Brasil é um dos países que mais matam gays, será preciso admitir, então, que é um dos que mais têm gays assassinos. Uma e outra coisa são falsas.
Mas volto a Marta. Esta iluminista acha que liberdade religiosa tem hora e lugar, compreenderam? Dentro dos templos e igrejas, os crentes poderão professar a sua fé, como atividade quase clandestina; fora de lá, não!
Por Reinaldo Azevedo

Fim do mundo sábado, 21 de Maio

20/05/2011 - Fonte: Cpadnews - Jota7

Líder do grupo no Brasil intensifica a evangelização até quinta-feira, depois vai esperar nos EUA a \"volta de Jesus\"
O livro de Marcos no capítulo 13. 32-33 diz que “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo”.
Mas o grupo religioso Family Rádio tem uma visão e versão diferentes. Para eles o juízo final acontecerá dia 21 de maio.
Harold Golly, líder do grupo no Brasil, confirma a tese que o mundo acabará neste sábado. Casado, pai de dois filhos, o missionário mora a 12 anos nos Estados Unidos. Durante 23 anos fez parte da Igreja Batista. Agora ele está intensificando a evangelização, para alertar as demais pessoas sobre arrependimento dos pecados e da volta de Jesus.
Segundo o missionário, a previsão foi interpretada pelo americano Harold Camping. E o Juízo acontecerá com base a partir do dilúvio nos dias de Noé em 4990. No cálculo adotado, eles creem que Deus revelou a Noé, que haveria ainda sete dias até que as águas do dilúvio caíssem sobre a Terra. O grupo substituiu sete dias por mil anos projetando para 2011.
Quando perguntado, o missionário diz que as Igrejas não entendem a mensagem. “As Igrejas não entendem, pois creem que Cristo voltará como um ladrão”, declara. Na reta final do juízo final o ex-batista intensificará as panfletagens e voltará para os Estados Unidos onde esperará o acontecimento. Sobre onde passará o dia 21, Harold responde: “Não somos uma igreja, são indivíduos que ouviram e confiaram na palavra”, ratifica.
Ainda em São Paulo, onde fica até quinta (19), ele entregará panfletos pedindo às pessoas que se arrependam dos pecados. Questionado sobre o que ele irá fazer se o juízo não acontecer, o missionário responde com outra pergunta: “Onde você vai estar quando Jesus voltar?”, indaga fugindo da pergunta.
Criticado por cristãos americanos, o grupo já foi chamado de seita e Camping acusado de ser falso profeta. Em 1990 o mesmo \\\\\\\'estudioso\\\\\\\' previu o fim do mundo no dia 06 de setembro de 1994, mas nada aconteceu.

Pressão dos parlamentares evangélicos faz governo reavaliar o kit gay

20/05/2011 - Fonte: Folha de São Paulo - Jota7

Ministro da Educação vai até o Congresso tentar explicar o material que será distribuído em 6 mil escolas públicas
Após a Frente Parlamentar Evangélica ameaçar não votar em nenhum dos projetos em pauta na Câmara até que o governo recolha os vídeos anti-homofobia, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que vai reavaliar o material desse kit que será distribuído para 6 mil escolas públicas.
O kit contém três vídeos sobre transexualidade, bissexualidade e homossexualidade. Mesmo sem ter havido uma divulgação oficial, muitos deles já estão na internet. A versão preliminar desse material só será apresentada aos alunos após a avaliação de cada escola.
Haddad, que é o nome preferido do ex-presidente Lula para disputar a Prefeitura de São Paulo no ano que vem, diz agora que pretende discutir o conteúdo com religiosos, além de secretários estaduais e municipais de Educação.
A FPE teve apoio da bancada católica e de parlamentares de defesa da família. Por isso o ministro foi até o Congresso explicar o conteúdo e até afirmou que ele poderá ser alterado.
Nas últimas semanas, além dos vídeos, circulou entre parlamentares uma cartilha anti-homofobia que o MEC não admite ser de sua autoria. “Vários dos materiais que foram distribuídos aqui não são do ministério”, disse Haddad na reunião de ontem na Câmara.
Uma cartilha com o símbolo do MEC mostrada por deputados trata de temas como masturbação. Outra, com o símbolo do Ministério da Saúde, traz ilustrações com cenas de sexo entre homens.
Sobre esses folhetos Haddad disse que o MEC sequer distribuiu o material. Aos deputados, o ministro atribuiu a divulgação do kit, que segundo ele ainda não está pronto, a quem o produziu, no caso a ONG Pathfinder.

ENTREVISTA: " A minha relação com Deus é direta" diz jornalista Percival de Souza

20/05/2011 - Fonte: guia-me - jota7

Percival: “Minha mãe faltou em um culto de domingo para que eu nascesse”
“Minha mãe faltou em um culto de domingo para que eu nascesse”, conta Percival de Souza, um dos mais competentes e conceituados jornalistas investigativos do País, especializado em assuntos criminais e de segurança pública. Com 67 anos de idade e quase meio século dedicado à profissão, ele não somente acumulou uma vasta experiência profissional como também conviveu com situações envolvendo crimes dos mais hediondos, capazes de abalar a fé de muitos que se dizem cristãos. Não a dele, no entanto; afinal, a orientação e a fidelidade aos princípios bíblicos são, possivelmente, o maior legado herdado dos pais. “Sou um crente, no exato sentido do verbo crer, acreditar”, autodefine-se.
Casado há 42 anos com Yeda Dias de Souza, pai de duas filhas – Andréia e Tatiana – e avô de dois netos – Julia e Murilo –, Percival é praticamente um paulistano nato, mesmo tendo nascido em Braúna, pequeno município do oeste do Estado. Foi na capital onde ele tomou gosto pelo jornalismo, quando, adolescente ainda, trabalhou como contínuo na redação da Folha de S. Paulo. Hoje, o seu currículo profissional é de causar inveja aos mais astutos e proeminentes formadores de opinião: depois da Folha, passou pelo Estadão, revistas Veja, Isto É e Época e, ao lado de Mino Carta, foi um dos fundadores do Jornal da Tarde. Lá, mesmo trabalhando sob a marcação cerrada imposta pelo regime militar, ajudou a promover uma verdadeira revolução editorial na mídia impressa.
No jornalismo televisivo, trabalhou na TV Globo, Cultura e na Educativa; atualmente, é comentarista na Rede Record. E mais: é professor interdenominacional, colunista de revistas evangélicas e autor de 17 livros; dentre eles “Narcoditadura”, no qual recorre às Escrituras Sagradas para a reconstrução dos fatos que envolveram o martírio vivido pelo jornalista Tim Lopes, morto por traficantes em 2002, no Rio de Janeiro.
Na igreja, Percival não perambulou tanto quanto na profissão; simplesmente trocou a Metodista pela Catedral Presbiteriana. Contudo, está sempre à disposição dos “irmãos” de fé quando solicitado para palestras e aulas na Escola Dominical, pela qual se diz apaixonado. Sabe-se lá qual é a mágica que ele usa para administrar os seus horários diante de tantas atribuições, mas, para ir aos cultos, sempre se dá um jeito. “Encontro tempo, a não ser quando o trabalho me coloca obstáculos, como algum caso de grande repercussão. Quando isso acontece, falo com sinceridade e de coração para o Senhor, ou seja, oro”, explica. E foi em meio a essa correria toda que ele se dispôs a conceder uma entrevista exclusiva à revista Exibir Gospel:
Em que momento da sua vida você descobriu a vocação para o jornalismo?
PERCIVAL - O jornalismo na veia foi descoberto aos 14 anos, quando eu trabalhava como contínuo na Folha de S. Paulo. Eu gostava de escrever e fazia um jornal interno, datilografado, com notícias quentíssimas sobre personagens da redação. Pelas mãos do repórter José Hamilton Ribeiro, entrei para a revista Quatro Rodas, fundada pelo “gênio” Mino Carta. Foi a porta de entrada para o jornalismo, e de lá fui para o jornal O Estado de S. Paulo. Na época, eu tinha 22 anos.
E como se deu a transição para a editoria policial?
PERCIVAL - Mino Carta é o culpado. O Jornal da Tarde iria revolucionar a Imprensa brasileira, com texto, estilo, fotos, diagramação – tudo novo. Ele queria inovar também a seção criminal e, por razões que eu nunca entendi, acreditava que eu fosse o “cara” talhado para a área. Eu nunca havia entrado numa delegacia antes, mas fui aprendendo, conhecendo e escrevendo, dominando aos poucos e me aperfeiçoando. Nunca mais saí.
Ao longo de sua carreira, alguma vez você já se sentiu desmotivado ou desiludido com o jornalismo?
PERCIVAL - Pelo contrário. Acredito, um pouco quixotescamente, que era o meu lugar, o meu ofício. Frustra-me, por vezes, não conseguir os Para Percival de Souza, referência no jornalismo policial, o sentido da profissão entra em simbiose com o sentido da vida; e ele sabe muito bem como conciliar o lado profissional com a confissão religiosa. Mas quando conto as minhas histórias, recompondo fatos, sinto--me realizado por ter cumprido um papel. O sentido da profissão entra em simbiose com o sentido da vida. Uma integração. Pensando assim, consegui fazer muita coisa, demolindo moinhos de vento e construindo castelos de sonhos.
E quanto à religião?
PERCIVAL - Dou à religião um significado transcendente com o divino. Sou um crente, no exato sentido do verbo crer, acreditar. Não sou carola nem piegas. Teologicamente, sou exigente. Por exemplo: durante dois anos me empenhei em estudar as cartas paulinas. Foi um mergulho profundo nos mananciais do Evangelho. Gostei tanto que até viajei a Roma por causa de Paulo, e reverti as maravilhas dessa viagem para o magistério eclesiástico. Não gosto de superficialidades religiosas, crendices, superstições, engodos. Afasto-me dos fariseus contemporâneos – pedras de tropeço –, dos novos vendilhões dos templos, dos modernos vendedores de indulgências; e procuro preservar, intactos, os conhecimentos bíblicos recebidos e buscados.
Como você vê isso na Rede Record, pela ligação da emissora com uma das maiores denominações evangélicas do País – a Igreja Universal do Reino de Deus?
PERCIVAL - Eu sou o mesmo em qualquer lugar onde fale, escreva e frequente. A Record tem um núcleo de reportagens especiais da mais alta competência, e faz o seu trabalho sem limitações impostas. Quanto à linha religiosa, ela é definida pela cúpula da Iurd. Os horários tidos como religiosos são específicos, enquanto que a grade de jornalismo é autônoma. Há jornalistas ligados à igreja, mas a maioria não é, e sem direcionamentos. Palavra de quem esta lá dentro.
Você já chegou a sofrer algum tipo de retaliação, perseguição ou até mesmo ameaça por trabalhar com jornalismo investigativo?
PERCIVAL - As ameaças precisam ser administradas. Pessoas sem caráter ou dignidade, corruptas, procuram torpedear o nosso trabalho. Já precisamos, sim, de proteção. Quando a minha primeira filha estava para nascer, tive de esconder a minha esposa, grávida, na casa de um amigo. Havia riscos iminentes. Não conto porque não quero dar nenhum tipo de satisfação para eunucos morais desse tipo, mas eles existem. São pústulas, pulhas, canalhas. Temos de enfrentar a corja arrogante, combatendo o bom combate.
Costuma recorrer a Deus nesses momentos?
PERCIVAL - A minha relação com o Senhor é direta, com momentos formais ou coloquiais, solenes e descontraídos. Converso com Deus no chuveiro, no carro e antes do programa de TV, e peço a Ele que me dê discernimento e sensatez. Exponho as minhas fraquezas, peço a sua orientação, a sua ajuda, a sua benção, a sua proteção. Quando está tudo bem, agradeço e agradeço novamente. O Senhor me responde, e eu sinto a sua presença na minha vida. Consigo vê-lo e senti-lo nos mais variados cenários, como se Ele, generosa e bondosamente, me dissesse: “Vai, meu filho, estou com você”. É uma dádiva, uma graça!
Você costuma falar sobre religião com os seus amigos e companheiros de trabalho?
PERCIVAL - Sim. Interessante que eles me fazem consultas e procuram explicações. Como os meus colegas me consideram um bom jornalista e com certo status na casa, acabam me respeitando como uma espécie de religioso confiável. Não sei se é exatamente isso, mas suponho que seja. O fato é que me tratam com respeito. Sou um tipo de consultor informal sobre temas bíblicos, o que acho muito bom.
O que, em sua opinião, levou o teólogo Rubem Alves a negar a existência de Deus após a tragédia das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro?
PERCIVAL - Sou leitor dele. Sei que o escritor, ex-pastor protestante, filósofo, psicanalista, é devoto de Nietzsche. A reação dele diante da tragédia serrana no Rio não é compatível com a sua profunda erudição, a qual respeito. É triste. Precisa de uma reconversão? Está amargurado por problemas de saúde? Algo para ser verificado pelos seus irmãos, ou ex-irmãos, ou irmãos separados, como foram taxados os primeiros protestantes pós-Reforma. Volte para o rebanho, Rubem. O Bom Pastor o espera, sempre de braços abertos.
Dos inúmeros casos de violência em que você trabalhou, há algum que o tenha marcado mais emocionalmente?
PERCIVAL - O meu cotidiano é tenso por força da profissão. Preciso de equilíbrio e da sustentação que o Senhor me proporciona. Todos os casos que envolvem crianças são mais marcantes emocionalmente. Isabella Nardoni, a menina de cinco anos arremessada da janela do sexto andar de um prédio em 2008, me deixou angustiado. Enquanto concedo esta entrevista, estou sob o impacto das crianças assassinadas dentro de uma escola em Realengo, no Rio. Chorei no ar, incontrolável; mas eu não tenho vergonha de chorar. Como diria Vieira (Padre Antônio Vieira, Sermão das Lágrimas de Pedro, escrito em 1679), os olhos têm duas funções: ver e chorar. Criança é o meu calcanhar de Aquiles.
De certa forma, isso chega a abalar a sua fé?
PERCIVAL - Nunca. Fé é convicção, certeza, confiança. Eu sei em quem tenho crido.
Por fim, o que as igrejas devem fazer para contribuir no combate à violência?
PERCIVAL - O papel da Igreja é formar, moldar personalidades, ensinar virtudes, valores transcendentes. O palco da violência está no coração humano, onde se trava o combate entre o bem e o mal, não num sentido maniqueísta, mas da luta entre Deus e as forças malignas. Para ser violento, é preciso, antes, aprender a odiar. Os valores cristãos não são burocráticos, meramente legalistas, prisioneiros de artigos e parágrafos. O espírito vivifica, sabemos. A igreja tem um papel a cumprir, e se ela se omitir, ninguém fará isso em seu lugar.

Pesquisa revela que crença em um Deus punitivo faz as pessoas serem mais honestas

20/05/2011  - Fonte: folha gospel - Jota7

Acreditar em Deus não impede as pessoas de trapacearem, a menos que ele seja visto como alguém capaz de punir.

Pesquisa revela que o tipo de deus que uma pessoa crê pode mudar suas atitudes e que há uma relação entre a crença religiosa e a honestidade
O estudo chamado de Mean Gods Make Good People: Different Views of God Predict Cheating Behavior [Deuses maus geram pessoas boas: diferentes visões sobre Deus ajudam a prever comportamento e trapaças] revela que há uma relação entre a crença religiosa e a honestidade.
Mas isso não se trata de simplesmente afirmar que “os mais religiosos trapaceiam menos”. De acordo com um dos coordenadores, psicólogo americano Azim Shariff, da Universidade do Oregon, “a questão mais importante do que acreditar ou não em Deus, é o tipo de deus que uma pessoa crê”.
Além de Shariff também colaborou na coordenação dessa pesquisa a canadense Ara Norenzayan, da Universidade da Columbia Britânica, que já publicaram pesquisas semelhantes no passado.
O resultado mostrou que acreditar em Deus não impede as pessoas de trapacearem, a menos que ele seja visto como alguém capaz de punir.
A pesquisa foi conduzida entre estudantes universitários submetidos a um teste simples de matemática em um computador. Todos foram avisados que uma falha no sistema poderia mostrar as respostas na tela a menos que eles apertassem a barra de espaço antes. O computador calculava quanto tempo depois de ver a resposta na tela os alunos digitavam a ou a mudavam após saber o resultado esperado. Esses alunos foram entrevistados individualmente sobre suas crenças religiosas e, aqueles que criam, tiveram de explicar qual o seu conceito de Deus.
“Na comparação entre crentes e descrentes, não encontramos nenhuma diferença significativa… Mas entre os que acreditam, a visão de um Deus irado e punitivo parece levá-los a um índice menor de trapaça”, explica Shariff.
Por outro lado a pesquisa corroborou a descoberta de que um acreditar em um Deus que perdoa e é amoroso parece levar a um aumento nos níveis de trapaça.
O trabalho deve agora se expandir para outros tipos de comportamento moral podendo investigar se a diferença entre Deus punitivo e bondoso pode se estender para outros tipos de comportamento moral como caridade e generosidade ou se é específico para o caso da trapaça.
“É bem possível que um Deus punitivo seja efetivo apenas para impedir as pessoas de fazer coisas ruins [...]. Nos outros casos (generosidade e caridade) é possível que um Deus bondoso tenha um efeito positivo, pois pode servir de exemplo de benevolência e estimular as pessoas a copiá-lo”, afirmou Shariff. E completou: “O fato é que, neste momento, não temos esta resposta, mas esperamos descobri-la”.